terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Coletivo Regional de Jovens realiza oficina sobre o papel da mídia em Valente-Ba

Durante os dois dias de atividade, jovens dos municípios envolvidos no projeto discutiram a atuação da mídia desde o século XV à manipulação da mídia atual e o poder de influência do capital na criação de conteúdo jornalístico e de entretenimento.

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“Falar assunto da mídia que eu nunca tinha ouvido falar assim, como ela deve ser mesmo, que atenda o anseio da sociedade, foi muito bom. A mídia é um instrumento que serve de informação para a sociedade, porém, não tem sido usada com esse fim, mas se usada com os fins sociais é bem proveitosa”.
A avaliação acima é do jovem Arivaldo Silva Carvalho, 26 anos, morador da comunidade do Barbosa, no município de Araci, semiárido baiano. Ele é um dos novos integrantes do Coletivo Regional de Juventude e Participação Social (CRJPS), e que nos dias 20 e 21 participaram de uma oficina sobre juventude, mídia e poder, atividade do projeto Juventude Construindo Caminhos, Trilhando uma História – A Experiência dos Coletivos de Jovens, iniciativa do grupo e com apoio da ONG BrazilFoundation.
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Grupo discute atuação da mídia na atualidade
Durante os dois dias de atividade, jovens dos municípios envolvidos no projeto discutiram a atuação da mídia desde o século XV, com o surgimento da prensa, invenção que possibilitou a impressão, à manipulação da mídia atual e o poder de influência do capital na criação de conteúdo jornalístico e de entretenimento. Temas como o surgimento do rádio, da televisão, a mídia durante a ditadura militar, monopólio midiático, criação e circulação de conteúdo na plataforma digital e a regulamentação da mídia foram alguns dos temas que alimentaram o diálogo.
A formação foi conduzida pelo jornalista Josevaldo Campos (Portal Tucano). “A proposta era fazer com que os jovens compreendessem que nenhum conteúdo é produzido sem que haja uma série de decisões por trás, que está sujeito a influências que vão desde a linha editorial e interesses econômicos do veículo à visão ideológica do repórter que produz as informações. Olhar a mídia com os olhos de quem a faz. A partir desse entendimento, ficou mais fácil para os jovens fazer uma avaliação mais crítica do que eles consomem diariamente”, explica o jornalista.
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Uma das equipes apresenta trabalho sobre como ela vê a mídia e como ela acha que a mídia deveria ser
O novo olhar do jovem Arivaldo sobre um tema tão complexo demonstra esse despertar da juventude para o verdadeiro papel da mídia no país, sobretudo na defesa dos direitos sociais. “Foi uma experiência que me deixa mais seguro para falar sobre a mídia com os outros jovens, que a mídia é um instrumento que precisa melhorar”, diz ele, seguro, ao terminar a oficina.

Fonte Portal Tucano