TRABALHO DECENTE, ESPORTE, AGRICULTURA FAMILIAR, SAÚDE, VALORIZAÇÃO DA CULTURA LOCAL E PARTICIPAÇÃO DA JUVENTUDE ESTÃO ENTRE OS TEMAS SELECIONADOS
No encerramento do III Encontro Baiano A Voz dos Adolescentes do Semiárido, meninos e meninas entre 15 e 18 anos que participaram do evento apresentaram uma agenda temática, com os assuntos que consideram mais importantes para o desenvolvimento da região. A agenda foi elaborada durante as oficinas realizadas nos dias 14 e 15, em Paulo Afonso-BA, e será apresentada aos prefeitos dos municípios representados, por meio da mobilização dos adolescentes, com apoio de seus educadores e do governo do Estado. Com essa agenda, os jovens pretendem sensibilizar os gestores públicos para que priorizem ações que beneficiem crianças e adolescentes nos municípios do Semiárido baiano.
O encontro reuniu adolescentes entre 15 e 17 anos que têm atuação em projetos sociais e educadores de 28 municípios baianos. Os temas da agenda apresentada pelos participantes são: Trabalho decente, agricultura familiar, saúde do adolescente, cidadania, esporte e lazer, cultura local, comunicação, sustentabilidade, educação contextualizada, participação e protagonismo dos jovens e combate ao preconceito.
Este é o terceiro encontro de adolescentes do Semiárido baiano promovido pela Secretaria para Assuntos Internacionais e da Agenda Bahia (Serinter), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância – UNICEF e pelo Comitê Gestor Estadual do Pacto Nacional Um mundo para a criança e o adolescente do Semiárido.
A programação incluiu oficinas simultâneas para adolescentes e educadores, debates e atividades esportivas. Também foram realizadas oficinas de comunicação conduzidas pelo Jornal A Tarde e pela Agência Mandacaru de Comunicação e Cultura. A programação incluiu, ainda, uma visita ao Complexo Hidrelétrico da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
Os dois primeiros encontros, realizados em 2001 e 2012, em Feira de Santana, contribuíram para a formação de adolescentes que atualmente atuam como mobilizadores em seus municípios. "As cartas que resultaram dos eventos anteriores tiveram um grande impacto", afirma Marcos Leone, 18. Ele conta que, este ano, pela primeira vez, o Plano Plurianual (PPA) de seu município, Quijingue, foi elaborado levando em consideração as reivindicações dos adolescentes e jovens.
“Queremos formar lideranças e estimular os gestores municipais para que dialoguem com adolescentes e jovens”, explicou Iara Farias, articuladora estadual do Pacto Nacional Um Mundo para a Criança e o Adolescente do Semiárido. Os encontros funcionam como espaço para que os participantes identifiquem as necessidades específicas dos adolescentes e jovens que vivem no Semiárido, ampliem o seu diálogo com os educadores e discutam as políticas públicas infanto-juvenis, executadas pelos órgãos da administração pública nas esferas federal, estadual e municipal.
Municípios – Este ano, participam moradores dos municípios de Abaré, Araci, Antônio Gonçalves, Barrocas, Canudos, Chorrochó, Feira de Santana, Glória, Igrapiuna, Inhambupe, Itiúba, Jaguarari, Macururé, Nova Fátima, Nordestina, Paulo Afonso, Quijingue, Quixadeira, Retirolândia, Rodelas, Santa Bárbara, Sátiro Dias, Saúde, Senhor do Bonfim, Teofilândia, Tucano, Uauá e Salvador.
Parceiros – O III Encontro conta com o apoio das Secretarias de Saúde (Sesab), Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), Trabalho, Emprego Renda e Esporte (Setre), Cultura (Secult), Educação (SEC) e Relações Institucionais (Serin). Também são parceiros da iniciativa a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Complexo Hidrelétrico da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), Universidade do Estado da Bahia (Uneb), Grupo A Tarde, Movimento de Organização Comunitária (MOC), Agência Mandacaru de Comunicação, Instituto Internacional para o Desenvolvimento da Cidadania (Iidac), Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Ceca), Conselho Estadual da Juventude (Cejuve), Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Adolescente Trabalhador (Fetipa-BA), Prefeitura de Paulo Afonso, Conselho Regional da Juventude e Participação Social (CRJPS) e o Instituto Fazer Acontecer (IFA).
Texto e fotos: Gabriela Goulart Mora (Unicef).
