Durante os dois dias de atividade, jovens dos municípios envolvidos no projeto discutiram a atuação da mídia desde o século XV à manipulação da mídia atual e o poder de influência do capital na criação de conteúdo jornalístico e de entretenimento.
“Falar assunto da mídia que eu nunca
tinha ouvido falar assim, como ela deve ser mesmo, que atenda o anseio
da sociedade, foi muito bom. A mídia é um instrumento que serve de
informação para a sociedade, porém, não tem sido usada com esse fim, mas
se usada com os fins sociais é bem proveitosa”.
A avaliação acima é do jovem Arivaldo
Silva Carvalho, 26 anos, morador da comunidade do Barbosa, no município
de Araci, semiárido baiano. Ele é um dos novos integrantes do Coletivo
Regional de Juventude e Participação Social (CRJPS), e que nos dias 20 e
21 participaram de uma oficina sobre juventude, mídia e poder,
atividade do projeto Juventude Construindo Caminhos, Trilhando uma
História – A Experiência dos Coletivos de Jovens, iniciativa do grupo e
com apoio da ONG BrazilFoundation.
Durante os dois dias de atividade,
jovens dos municípios envolvidos no projeto discutiram a atuação da
mídia desde o século XV, com o surgimento da prensa, invenção que
possibilitou a impressão, à manipulação da mídia atual e o poder de
influência do capital na criação de conteúdo jornalístico e de
entretenimento. Temas como o surgimento do rádio, da televisão, a mídia
durante a ditadura militar, monopólio midiático, criação e circulação
de conteúdo na plataforma digital e a regulamentação da mídia foram
alguns dos temas que alimentaram o diálogo.
A formação foi conduzida pelo jornalista
Josevaldo Campos (Portal Tucano). “A proposta era fazer com que os
jovens compreendessem que nenhum conteúdo é produzido sem que haja uma
série de decisões por trás, que está sujeito a influências que vão desde
a linha editorial e interesses econômicos do veículo à visão ideológica
do repórter que produz as informações. Olhar a mídia com os olhos de
quem a faz. A partir desse entendimento, ficou mais fácil para os jovens
fazer uma avaliação mais crítica do que eles consomem diariamente”,
explica o jornalista.
O novo olhar do jovem Arivaldo sobre
um tema tão complexo demonstra esse despertar da juventude para o
verdadeiro papel da mídia no país, sobretudo na defesa dos direitos
sociais. “Foi uma experiência que me deixa mais seguro para falar sobre a
mídia com os outros jovens, que a mídia é um instrumento que precisa
melhorar”, diz ele, seguro, ao terminar a oficina.
Fonte Portal Tucano